– E aqui, ao lado da maquete do Sistema Solar, vocês têm acesso a telescópios de grande alcance.
– E dá pra enxergar alguma coisa mesmo sendo de dia?
– Sim. Os astros não são trabalhadores que operam por turno, estão lá o tempo todo. Podem olhar, se quiserem.
– Isso é uma constelação?
– Sim.
– Ah…
– Qual a maior?
– Quantas iguais a esta existem?
– Jovens, se me permitem dizer, constelações não existem de fato. O que existe é um emaranhado de astros boiando no escuro. Nós, por uma necessidade de racionalizar a realidade, é que tratamos de dividir as estrelas em sistemas, criando linhas imaginárias para lotear o infinito. Da mesma forma que dividimos a Terra em países e continentes, mesmo sabendo que estas divisões não existem concretamente. Entendam, não estamos desabonando as ciências – a astronomia, a geografia – pois estas foram criadas numa tentativa de compreender o espaço à nossa volta. Mas, enquanto conhecimento, as ciências humanas são limitadas. Visto que os próprios seres humanos classificam-se e hierarquizam-se por etnia, origem, gênero, mérito, renda e critérios diversos que não têm significado concreto. Compreendem? Enquanto essência, as estrelas também são todas iguais. São só esse emaranhado de astros boiando no escuro.
Q coisa simples! Sujeito s/ imaginação…rsrsrs…kd a beleza do negócio…rsrsrsrs
Bjs!!
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Eu já estava sentindo saudades dos seus textos. Bom fim de semana. Bjs
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