
Praça da Baixa, Lisboa, 5:31 a.p., 14 graus.
Mas há também o que nos mate aos poucos, lentamente, feito ferrugem consumindo os dedos das estátuas. A gente sabe que está morrendo um pouco mais e se conforma. E se entrega. Abandona-se como num banho de chuva envenenada, deixando-se encharcar por todos os poros, pressentindo o mal infiltrando-se no corpo inteiro. Para, um dia, deixá-lo escapar assim, de repente, pelo canto dos olhos.
(Trecho de um textinho antigo do blog)
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