Maio está aí, inferno astral bombando e eu resolvi promover um evento no meu aniversário. Comecei pelo mais difícil: a lista de convidados.
Eu costumo dizer que fazer qualquer lista de convidados é sempre um exercício de controle de danos. Na impossibilidade de convidar todos, você acaba excluindo os mais fofos, os de alma iluminada que topariam ficar de fora sem criar um barraco. Quanto ao pessoal mais maledicente, vingativo, capaz-de-me-jogar-um-ebó, fazer o quê? Melhor não arriscar.
A minha lista de 10 maus elementos recebeu um convite que começava assim:
E todo mundo confirmou presença por que todo amigo meu adora essas convocações meio publicitárias. Acho que a parte mais demorada da preparação deste evento (entenda-se: 2 litros de guaraná + pãozinho = evento) foi selecionar essa foto. O garimpo de velharias era enorme. Eu havia selecionado outras ainda piores, minhas e dos tais convidados – que, por amor à vida, não posso publicar aqui – verdadeiras relíquias do constrangimento. A gente era feio demais. Estranhos demais. Socorro.
AaaAaAAAa rutinha é boa, aAAAaaAaa raquel é má
Rainha da Sucata feelings: piriguete since 1982
Do baú, escavei um retrato clássico onde estavamos juntos posando com o timer em modo de espera. O vento desequilibrou a máquina fotográfica que estava apoiada em cima do muro, ela dramaticamente cambaleou na nossa frente e fez o registro um segundo antes de cair no chão. A nossa cara ficou assim…
Impagável.
Outra foi feita num fim de festa, depois de perdermos a última carona, quando rolou um momento Porta dos Desesperados no ponto de ônibus às 5h da manhã em uma rua desconhecida. Tenso.
(Todo mundo lembra da Porta dos Desesperados, né? Aquele quadro no programa do Sérgio Malandro que persuadia as crianças a escolherem a porta errada e aí pulava um cara vestido de macaco lá de dentro? E depois ele abria a porta certa pra mostrar à criança tudo o que ela tinha perdido? Preciso fazer a analogia pobre ou todo mundo já entendeu? Ok, só checando).
Certamente, muitos outros fatos se perderam nos anais da história. Lembro que, na época, ouvíamos Legião Urbana, o Homem Aranha se pendurava nas Torres Gêmeas, o advento da foto digital era o máximo e frequentávamos sorveterias a quilo para beber refrigerante Taí. A Legião Urbana não existe mais, as Torres Gêmeas também não e qualquer referência à extinta marca “Taí” tornou-se uma palavra perdida num lado obscuro de um planeta muito distante. Do que eu gostava naquele período e, atualmente, continuo gostando? Talvez de foto digital. E sorvete.
A verdade é que eu não consigo lembrar de nada que me interessasse naquele tempo e que continue fazendo sentido hoje. E eu acho que existe algo de meio louco e meio mágico no fato de, por algum motivo, a gente ainda continuar fazendo sentido uns para os outros.





Que menininha mais fofa mamãe, rsrsrsrs…. Maroca, vc me fez recordar da porta dos desesperado, que eu não tinha lembrança…. Se eu me esforçar conseguirei me recordar de muitas outras coisas….Vamos conversar sobre coisas retrô. Preciso recordar e reviver os bons momentos!!!
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Posso levar a menininha com a flor para mim? Eu quero!
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