A verdade é que tá rolando um certo constrangimento. Agora que eu estou em Salvador, está complicado atualizar isso aqui por quê os protagonistas das histórias mais insólitas, por uma questão de probabilidade, podem saber da existência desse blog. Maledicência censurada, pronto, fiquei sem assunto.
E eu poderia citar outro implicante para esta pausa: o excesso de trabalho. O que me faz pensar naquelas teorias sobre a obra de Sócrates, de que a produção intelectual só acontece mediante o ócio humano – o que justificaria o fato da filosofia ter se desenvolvido na Grécia Antiga, quando o cidadão comum delegava o trabalho aos escravos e dispunha todo o seu tempo para acumular conhecimento. Um teoria que faria sentido. E que eu levaria muito a sério se todos os seres humanos ociosos que eu conheci na vida fossem pessoas inteligentíssimas. E não, nem sempre é o caso.
Voltamos à primeira hipótese: a do constrangimento. Especialmente nos meios onde a sociedade talvez ainda me considere uma pessoa razoável. Não dá mais pra contar tudo na internet. E eu poderia até, sei lá, dizer aqui que uma amiga minha ontem estava em casa com as chaves na mão e uns guardanapos usados na outra e que ela guardou os guardanapos no bolso, jogou as chaves no lixo e saiu de casa pra trabalhar e que ela, a insana, só se deu conta do ocorrido de noite, quando ficou trancada do lado de fora e achou pertinente abordar pessoas desconhecidas e solicitar ajuda para remexer o lixo dos postes do quarteirão inteiro até achar as chaves perdidas, mas, né? Deixa pra lá.
Muito difícil isso de decidir entre a escrava e a louca.
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