“Dentro do cartão, eu dizia a Sam que o presente que eu estava dando a ela havia sido dado a mim por minha tia Helen. Era uma velha gravação em 45 rpm com Something, dos Beatles. Eu costumava ouvir todo o tempo quando era pequeno e pensava em coisas de gente grande. Eu ia para a janela do meu quarto e olhava meu reflexo no vidro e as árvores por trás e ouvia a música por horas. Decidi, na época, que quando conhecesse alguém que eu achasse tão bonita quanto a canção, eu daria o disco de presente a essa pessoa. E não quis dizer bonita por fora, eu quis dizer bonita de todas as formas que alguém pode ser. E assim, eu estava dando para Sam aquela gravação. Mas ela não sabia de nada disso.”
“-Por que as pessoas boas escolhem as pessoas erradas?
– A gente aceita o amor que acha que merece.
– Mas nós não podemos mostrar a elas que elas merecem muito mais?
– Sim. A gente pode passar a vida inteira tentando”
“Subi a colina onde costumava usar o trenó e pensei que todas aquelas crianças um dia iam crescer. E todas aquelas crianças iam fazer as coisas que nós fazemos. E todos eles beijarão alguém um dia. Mas, agora, andar de trenó era o bastante. Acho que seria ótimo se nos bastasse um trenó pelo resto de nossas vidas.”
“Você vê as coisas. Você guarda silêncio sobre elas. E você as compreende.”
“Bem-vindo à ilha dos brinquedos rejeitados!”
(Stephen Chbosky / As Vantagens de Ser Invisível)



