“Sorriu compreensivamente – muito mais do que compreensivamente. Era um desses raros sorrisos que têm em si algo de segurança eterna, um desses sorrisos com que a nós talvez nos deparemos quatro ou cinco vezes na vida. Um sorriso que, por um momento, encarava – ou parecia encarar – todo o mundo infindável, e que depois se concentrava em nós com um preconceito irresistível a nosso favor. Um sorriso que nos compreendia só até o ponto em que nós queríamos ser compreendidos, que acreditava em nós como nós gostaríamos de acreditar, assegurando-nos que tinha de nós exatamente a impressão que, na melhor das hipóteses, esperávamos causar.” (p. 30)
“No encantado crepúsculo metropolitano, eu sentia, às vezes, em mim e nos outros, uma obsedante solidão, ao ver os pobres e jovens empregados caminharem a esmo diante das vitrinas, à espera de que fosse hora de jantar num restaurante solitário… jovens empregados ao crepúsculo, desperdiçando o momento mais pungente da noite e da vida.” (p. 73)
“E eu gosto de festas grandes. Elas são tão íntimas! Nas pequenas reuniões não há isolamento algum.” (p. 64)
“E o jeito que ele a olhava era o jeito que todas as garotas gostariam de ser olhadas.”
“A cidade, vista da ponte Queensborough, é sempre uma cidade vista pela primeira vez, em sua primeira e violenta promessa de todo o mistério e de toda beleza existente no mundo.” (p. 89)
(F. Scott Fitzgerald / O Grande Gatsby)




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