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Posts Tagged ‘mariana miranda’

nelson rodrigues frase

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Não acham que a disputa petralhas cubanos x coxinhas racistas foi reveladora, amiguinhos? Primeiro, por que a apuração dos votos atrasou por uma hora em respeito ao fuso horário do Acre – o que, necessariamente, comprova a existência do mesmo. Mas, principalmente, por que ela acabou com o longo trabalho de construção de imagem pública de muita gente fina, elegante e sincera. Conhece alguém que tenha passado o ano inteiro postando trechos de Paulo Coelho, foto de família feliz e cachorrinho para doação, mas que, de repente, entrou numa vibe malévola de “nordestino favelado feladaputa” e “chupa essa, playboy” para surpresa de todos? Pois é. Um lado acusando o outro de ditadura – não sei que ditadura é essa que até agora não chegou para sentar o cassetete em ambos – e perderam a linha bonito. Achei válido, achei coerente, achei que devia reprisar no Animal Planet.

Mas tudo isso foi até ontem. Depois de meses de chilique mútuo, acho que está rolando um certo silêncio constrangido nas redes sociais.

A minha primeira hipótese é de que bateu a ressaca moral. Né? Quem nunca? Se você também passou os últimos dias esbofeteando militante e chutando a cara de opositor, eu recomendo esse site que tem como proposta reatar as amizades com slogans criativos. Frases como “desculpa ter te mandando tomar em Cuba” ou “engavete tudo o que eu disse” tentam resgatar a paz mundial. Acho digno.

Já a segunda hipótese para o silêncio na internet seria de que metade do Brasil está estudando para o Pronatec e a outra parte partiu para Miami – deixando o Lobão para trás, infelizmente. Não sabemos. Espero que estejam festejando com pagode ou lamentando com Blue Label bem longe de qualquer teclado de computador, só por segurança, por que a cota de constrangimento nacional já estourou. Depois de tanto engajamento político ingênuo e repentino, rezo para que os meus compatriotas canalizem seus instintos homicidas para outro BBB ou Brasileirão – aliás, como de costume – e que reservem apenas o cérebro para questões de ordem pública. Caso tenha sobrado algum, é claro.

Vocês me mataram de vergonha nessas eleições, queridos. Temos que rever esse faniquito aí.

Até 2018. Um beijo.

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Chatô de Fonteneneblou Mariana Miranda

Chatô de Fonteneneblou Mariana Miranda 4

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IMG_8879(01 e 02 de outubro de 2014, Chatô de Fonteneneblou, França, 14 graus)

 

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#82

sobre msn

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Saiu um artigo na Obvious sobre a tristeza. Narrava um cenário hipotético, um encontro de compositores famosos. Sozinhos com seus violões, num silêncio angustiado, “seus olhos abatidos seguindo um amor pedido pela sala”. Num canto, o Damien Rice dedilhando Delicate ou The Blower’s Daughter. Ao longe, as sombras de Jeff Buckley e Bob Dylan. O Smith escrevendo num guardanapo: “Mantenha-se à parte, no fundo do meu coração, separado do resto, onde eu te guardo melhor, onde eu manterei as coisas que você esqueceu”. As taças na mesa, a janela aberta: tantos artistas de coração partido. O que a arte procura quando insiste em vasculhar o fundo do poço?

O artigo não fala sobre isso, mas eu tinha vontade de perguntar: quando se é jovem, genial e reconhecido, o que ainda pode faltar? As biografias são transtornadas. Penso que aquelas celebridades poderiam escrever sobre o que bem entedessem, mas focam exatamente no que não está lá: uma pessoa, um lugar, um afeto. Uma ovelha que escapa e parece ofuscar todo o rebanho. O que é que ainda dói quando se tem quase tudo?

Pior: nunca entendi quem é exatamente o público-alvo deste tipo de música. Quando Someone Like You ficou em primeiro lugar como a canção mais ouvida de 2012, eu olhava com desconfiança para as redes sociais esbanjando vidas eufóricas 24/7. Se todos acumulavam conquistas + amigos + sucessos profissionais, aonde estavam os ouvintes de Adele? Aonde estavam os losers amargurados que consagraram No Surprise? Os rejeitados que ovacionaram Creep? Eles não existem. Ou são as projeções publicadas da internet que não existem.

“Ninguém disse que seria fácil, ninguém disse que seria tão difícil”. A gente poderia incluir naquela sala de estar hipotética o Leonard Cohen e a Edith Piaf. Convidaríamos o Kurt Cobain para a mesa, o semblante perdido da Billie Holiday, o andar sonâmbulo da Amy pelos corredores. Neste jantar utópico, cada um poderia cantar um pouco a sua própria dor e “deixar a garrafa escorregar por entre os dedos, quebrando-se como uma promessa feita”. Os vizinhos aplaudiriam, emocionados. E fariam fila para se jogar do último andar.

A verdade é que a conta não fecha: sempre que outro hino à melancolia faz sucesso, eu fico procurando pelo público-alvo. Talvez a vida dos outros nunca seja o que se pensou. Nos resta aumentar o volume, girar o botão do rádio como se fosse o do gás – o que nos falta domina a nossa vida.

Qual foi a ovelha que te escapou?

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O brilho eterno de uma mente

(Michel Gondry / O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças)

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– Pró, se eu não conseguir apresentar o trabalho Marketing de Entretenimento, acontece o quê? Tipo assim, no dia da dança, se acontecer alguma coisa.
– Não vai acontecer nada, M., vá sentar no seu lugar.
– Mas, tipo, se o disjuntor da faculdade quebrar?
– Alguém conserta ele.
– E se pegar fogo?
– Sei lá, chama os bombeiros.
– Se os bombeiros não chegarem?
– Chama por Deus!
– E se Deus nunca vier???

Boa pergunta. Né? De fato. Você quer que eu te diga exatamente o quê, M.? Você passou o semestre todo dando risada sozinha olhando para o celular. Nada contra. Mas, como te ajudar agora? Eu fico na dúvida. Eu não sei. Essas perguntas difíceis no meio do expediente, eu vou te falar o seguinte: se Deus não vier, a coisa vai complicar, M. Já não está fácil para ninguém. Você não sabe da missa um terço. Problemas diversos, amiguinha. Que nem mesmo incluem entretenimento, dança e bombeiros. Infelizmente. Eu realmente espero que Deus compareça quando convocado por que, nesta altura dos acontecimentos, está difícil pensar num plano B. Sem incêndio nenhum, a coisa já está abafada o suficiente, correto? Dificuldades extremas para manter a programação normal. Então, vamos sentar, assistir aula, sem perguntas metafísicas, ok? O Divino há de dar as caras. Suponho. E o próximo que perguntar alguma coisa está automaticamente reprovado.

Enfim. Só pensei.

Eu estou trabalhando demais. É isso o que eu acho.

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mariana miranda gif

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