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Cansado de multidão? Procurando um restaurante sossegado para chamar de seu? Bem-vindo ao lugar certo: essa é a lista dos estabelecimentos mais badalados da cidade, só que ao contrário. Perfeitos para você que quer ir naquele ambiente bacana antes que o resto do mundo descubra que ele existe e comece a fazer fila na porta.

VILLA BAHIA – Essa é uma daquelas descobertas que explicam todo o encantamento dos estrangeiros pela Bahia nos últimos 500 anos. Acho um desperdício morar aqui e não frequentar três vezes ao dia.

Largo do Cruzeiro de São Francisco, 16/18, Pelourinho, $$$, tel.: 3322-4271.

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A CASA VIDAL – Sem dúvidas, o ambiente mais exclusivo desta lista. Contei exatas 12 mesas. Dá a impressão de que você foi fazer uma visita ao seu amigo rico e ficou para o jantar. Íntimo e discreto. Reserva obrigatória.

Rua Afonso Celso, 294, Barra, $$$, tel.: 3565-8008.

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BISTROT DU VIN – Ambiente de adega, taças elegantes, tudo criteriosamente impecável – não encontrei nenhum defeito até o fechamento desta edição.

Rua Minas Gerais, 197, Pituba, $$$, tel.: 3231-1933 / 3362-1411.

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EGEU – Casa de inspiração grega, cardápio mediterrâneo e varanda enorme sobre o mar para selfie ostentação. Coisa dos deuses.

Ladeira da Barra, 2830, Barra, $$$, tel.: 99329-3220.

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PRETA – Embarque para a Ilha de Maré desde a praia de Inema ou de qualquer outra marina. Quando avistar uma casinha colorida na beira da praia: parabéns, marujo, você chegou ao seu destino. A decoração é um sonho tropical. Reserva obrigatória.

Ponte do Botelho, Ilha de Maré, $$, tel: 99326-7461/ 98736-8199.

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ORIGEM – O miúdo que você respeita: menu degustação dividido em 12 etapas, cardápio que muda todos os dias, duas cozinhas. Dá a merecida impressão de que a área de serviço é maior que a das mesas: você vai adorar se esconder ali. Reserva obrigatória.

Alameda das Algarobras, 74, Pituba, $$$, tel.: 99202-4587.

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SAGAZ – Digamos que varreram a sua mente e construíram o espanhol sob medida: típico, mas moderno. Uma soma de casarão histórico + decoração industrial + armaduras medievais = perfeição.

Rua João Gomes, s/n, Rio Vermelho, $$, tel.: 88179-9868.

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PIZZARIA DOS DEUSES – Cada andar homenageia uma civilização: a romana, a egípcia e a grega. Tem dança folclórica, quebra de pratos, iluminação cênica e mesas separadas por cortinas, arabescos ou folhagem artificial. Inovador e bem-humorado. O mundo ficou pequeno para tanta criatividade.

Rua Rio de Janeiro, 299, Pituba, $$, tel.: 3347-8585.

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BLUE PRAIA BAR – Imagine uma praia linda. Um mergulho, uma caminhada na areia. Depois, imagine muita mordomia. Com direito a divãs brancos em frente ao mar para você ler um livro enquanto um garçom lhe traz almofadas e outro lhe serve um drink colorido. Visualizou?

Rua Barro Vermelho, 319, Rio Vermelho, $$, tel.: 3034-3054.

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FERA PALACE HOTEL – O hotel possui o Restaurante Adamastor e o Lobby Bar, ambos atraentes, mas o dono do nosso coração é o Fera Lounge. No terraço do prédio, no alto da rua Chile, praticamente com vista para a África.

Rua Chile, 20, Centro Histórico, $$$, tel.: 3036-9200.

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Difícil decidir, né?

Este ano, se eu tivesse que fazer uma crítica geral aos escolhidos, daria voz à minha síndrome de avó mineira que costuma achar a comida pouca e aflige-se com pedaços de carne menores que um biscoito. E acrescentaria que a minha última sobremesa foi parcelada em 6x sem juros por que os preços estão pela. hora. da. morte.

Nunca foi tão difícil para os antissociais manter os olhos na cara.

Ainda assim, os critérios de charme e privacidade foram mais que atendidos. Nossa menção honrosa a estabelecimentos como Solar do MAM, Conde de Castro e L’entrecôte que fecharam as portas e vão deixar saudades. Caso você conheça algum outro lugar antissocial, escreva para cá. Será ele obscuro o bastante? Será um esconderijo seguro? Conta para a gente.

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Pronto, crianças, voltamos à programação normal. Divirtam-se. E, na hora de escolher um restaurante, já sabem: não se metam em confusão.

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Esta é a lista dos restaurantes mais badalados, só que ao contrário. Ela existe há cinco anos. É fato que ter a lista anual dos restaurantes mais reservados da cidade publicada abertamente na rede mundial de computadores tira toda a privacidade da coisa, mas, né? A gente tem um coração generoso.

De nada.

🙂

ARAM YAMI – O primeiro restaurante da seleção não é exatamente um restaurante (coerência, um beijo), mas continua no topo da lista por motivo de: amor eterno. Apenas cinco quartos com design indonésio e piscina privativa de borda infinita com vista para o mar. Banheiro dourado com teto solar e um currículo de visitantes como Nizan Guanaes, diretores da Globo e pessoas que precisam passar despercebidas porque, sei lá, devem ao Serasa.

Rua Direita de Santo Antônio, 132, Santo Antônio Além do Carmo, Salvador Tel.: (71) 3242-9412

Atualização 19/05, 15h – Galera, a gerência do Aram Yami escreveu agora um comentário aqui solicitando que a casa fosse retirada imediatamente da lista. Informaram que são um hotel e não deveriam constar numa lista de restaurantes: “se retrate e atualize seu blog com informações verídicas”. Acabou-se o amor eterno, rs. Desconsiderem da lista, tá?

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CASA DAS PORTAS VELHAS – não funciona todo dia e também é um hotel. Não tem estacionamento e fica numa rua escura e meio perigosa, recomenda-se ir de táxi. Casarão colonial com banheira ao ar livre, cenário que imita as praças europeias. Me representa.

Rua da Palma, 06, Nazaré, Salvador Tel.: (71) 3324-8400

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CAFELIER – Café francês dentro do antiquário, com biblioteca, museu, de frente para o mar. Seis mesinhas e um preço honesto.

Rua do Carmo, 50 – Santo Antonio, Salvador Tel.: (71) 3241-5095

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O JARDIM DAS DELÍCIAS – Suponho que a decoração seja inspirada na obra “O Jardim das Delícias”, de Hieronymus Bosch, por causa da mistura com as plantas tropicais. Mas, divago. Fica no Pelourinho, no quintal de uma casinha verde.

Rua Maciel de Cima, 12, Pelourinho, Salvador Tel.: (71) 3321-1449

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LA PULPERIA – Atrás do posto policial, no improvável bairro de Brotas. A churrascaria é mais charmosa pela noite e o cardápio é inspirado nas culinárias argentina e uruguaia. Há mosquitos, mas é arejado.

Ladeira do Acupe de Brotas, Salvador Tel.: (71) 3015-7379

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OSTERIA DELL’AGAZZI – No porão de uma casa residencial. Italiano com piano e luz de velas, é intimista e romântico, não tem mais que dez mesas. Passou um tempo fazendo assombrosas aparições no site do Grupon, mas já voltou à reclusão midiática, para alívio de todos.

Rua Antônio Dos Passos, 30, Federação, Salvador Tel.: (71) 3245-9069

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CONVENTUAL – Comida portuguesa dentro do hotel do Convento do Carmo, Pestana. Já falei que eu pagaria só para dar uma voltinha dentro do hotel e ficar respirando lá dentro? Possui mais mesas do que a gente gostaria (umas 25), mas tem também um pequenino bar com jazz em dias de semana. Em fins de semana, não caia no golpe do couvert.

Rua do Carmo, s/n, Carmo, Salvador Tel.: (71) 3327-8400

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MONTELO GOURMET – Você já assistiu ao filme “Cocoon”, ilustrado leitor? Com aquela cena gracinha dos vovôs e vovós se jogando na piscina? Este italiano andrógino fica dentro do hotel Cocoon, que é inspirado no filme. Em 2014, estão fazendo uma obra próxima ao hotel, então o restaurante está praticando preços promocionais até o fim do ano. Acho digno.

Rua Haeckel José de Almeida, 238, Jaguaribe, Salvador Tel.: (71) 9153-0692

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ZANK – O restaurante abre quase todos os dias, com vista para o mar. Também é hotel. Opção de banheira a céu aberto na cobertura, sala de massagens asiáticas e cadeiras com design assinado. Em datas comemorativas, há um garçon por corredor para completar a sua taça de espumante. (E se esse argumento não merecer a sua visita, nada mais merecerá).

Rua Almirante Barroso, 161, Rio Vermelho, Salvador Tel.: (71) 3083-4000

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CASA LISBOA – Ainda não tive a honra de conferir pessoalmente, mas parece um bom candidato, concordam? Será ele obscuro o bastante? Frequentem e me escrevam. Currículo em avaliação.

Rua Manuel Dias de Morais, 35, Apipema, Salvador Tel.: (71) 3331-3841

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Esse ano, ficam de fora casas louváveis, como Confraria Mediterrâneo, Risoteria Terra Brasil, Le Rendez-Vous, MME Champanharia, Al Carmo, Jabuticaba, Mercato Divino, Café do Solar, dentre outros, por conta de aglomerações repentinas em 2013: Restaurante Week, Peixe Urbano, Guia Veja etc. Se a coisa continuar neste ritmo, caminhamos para o delivery.

Caso você tenha outras sugestões, opiniões, críticas, ameaças: envie pra cá. Ou não envie para ninguém e continue frequentando sozinho, por que é muito melhor.

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Voltamos à nossa programação normal, boa noite.

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No dia em que eu decidi ir embora de Salvador, passava na tv um programa sobre as ondas de rádio. Falava que os sinais de celular, de aviões, programas de tv, tudo transita por ondas invisíveis que, muitas vezes, se perdem do curso e ficam pairando no ar. E que, no futuro, com uma antena, será possível captar dados eletrônicos do passado que ficaram perdidos no tempo e no espaço. Imaginei a arqueologia do futuro tentando colar este quebra-cabeça de átomos: palavras soltas, notícias, canções, frases ditas há anos atrás, assim, voltando no meio de expediente. Num futuro longínquo, que nem imaginamos ainda, o passado ecoando de novo e de novo e de novo.

Hoje, talvez seja exatamente essa a nossa relação, Salvador. O contato de uma antena distante, sem nenhuma sintonia. Aguda, incompreendida, replicando mensagens loucas – buzinas, britadeiras, sirenes, estampidos. Um grande desencontro. Vozes do passado, que vêm e vão, aos berros.

Oh, minha terra, céu azul da minha infância. Meu amor despedaçado, repisado e dolorido. Quantas vezes eu te odiei um pouco, Salvador. Você que me faz igual a todo mundo, por que eu também sou de algum lugar e levo esse lugar comigo. O que fazer desta linha cruzada, dessa relação mal resolvida com uma cidade como se ela fosse um mal elemento a quem já se amou muito e, um dia, se decide abandonar por que, céus, o que mais eu poderia fazer? Eu, que nunca a preferi por causa das suas belezas. Nem pela sua pele de asfalto gasto, nem pela sua tez de muro sujo, tampouco a amei turística e enquadrada por Verger, mas sim como se ama a um filho feio ou a um pai triste, alguém que é bom o suficiente só por ser o seu igual, sangue do mesmo sangue. Mas Salvador pisou demais, forçou demais, abusou. Me comprimindo até o limite, dura, difícil. Cuspindo fuligem e gás carbônico, eu arranquei Salvador de mim. Doando miçangas, perdendo o sotaque – me esvaziando, abrindo caminho, deixando a mala mais leve e a alma mais livre – tudo isso, meu Deus, pra quê? Pra quê?

Salvador sempre volta. E eu sinto um elevador de gelo subindo por todos os meus andares cada vez que eu ouço falar. E um ciúme louco de todo mundo que a transita mais do que eu. Quando há uma foto na rua, uma notícia no jornal, uma música ao longe – “Eu sou o cheiro dos livros desesperados…” – e, então, fugir e mentir e negar esse laço mal acabado sempre me parece a coisa mais covarde que eu poderia fazer.

Salvador me dói. Animal cabeceando as grades da jaula, mesmo quando a porta está aberta. Como se eu fosse um saquinho de gudes de metal que se desintegram em mil partículas pelo mundo afora, para serem surpreendidas por um ímã repentino e retornarem autônomas, teleguiadas, derrubando tudo pelo caminho e se amontoando outra vez sobre o mesmo ponto, sem conseguir se rearrumarem na posição anterior. Salvador me desorganiza. Refazenda. Reconvexo.

Mas alguma coisa se quebrou e, não, eu não moro mais lá. Mesmo estando em Salvador, eu sou alguém que está de passagem, que está voltando continuamente, sem chegar nunca. Numa esteira rolante, no fluxo contrário, andando, andando, sem avançar. Dentro do táxi, com o coração aos pulos. Na direção errada. Cada vez mais distante.

Eu espero por Salvador em quartos de hotéis de qualquer outro lugar. E Salvador me chega, às vezes, assim, pelas ondas do rádio. Em frases soltas, palavras dispersas – Meca, Zion, Itabira, Macondo. Sombra da voz da matriarca da Roma Negra. Aonde o mar arrebenta em mim. Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando. Oh, bruta flor do querer.

Eu nunca saí de lá.

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“Não haverá mais morte, nem tristeza,
nem choro, nem dor.”
(Ap 21:4)

 

Apesar de tudo, existe a cura. Não esta cura que nós conhecemos, contra os males do corpo ou da alma, mas uma outra, remédio para estes dias de fúria consumidos por buzinas, sirenes, mentiras, britadeiras e solidão dentro da multidão perdida. Mesmo que a fé e a vontade tateiem desorientadas dentro do lixo urbano e que Salvador também te pareça a cidade mais suja do país mais pobre do planeta mais desassistido. Estamos tristes e cansados, eu sei. Mas ainda é necessário falar sobre ela – sobre a cura.

A nós, povo enganado pelos reis, pelos búzios e pelos astros, resta a cura. Há cura para aquele pedestre passando sobre a passarela do transbordo. Para a moça vendendo flores num balde de plástico e para o religioso pregando aos gritos na estação da Lapa. Há salvação para as crianças que fogem de casa, para os loucos falando sozinhos nas ruas, para os torcedores de futebol e para os palhaços tirando e recolocando a maquiagem todos os dias no Picolino.

Desde antes, já havia cura. Para Dulce e para a quadrilha de ciganos roubando ouro na Parafuso, para a saudade, para Maria Quitéria, para os maratonistas de 1970. E, mesmo hoje, ainda há chance para o artista amador que não tem a quem mostrar as suas criações e para os namorados que usam os adjetivos no diminutivo. Alguém avise àquele garçom que resiste acordado até o último cliente do Pub´s, ele não sabe, ele precisa tanto saber. E também à professora do supletivo voltando em pé no circular, aos médicos plantonistas em Cajazeiras, às damas da noite, aos garis. Avisem a eles que há cura, antes que eles esqueçam, antes que todos esqueçam, inclusive nós mesmos.

Digam aos idosos jogando baralho na Penha e aos jovens rodando nos shoppings por vício e por tédio. Ao retirante recém-chegado que não sabe aonde ir, às baianas de acarajé, às famílias racistas da Pituba e aos peixes do dique. Antes da embriaguez do carnaval, antes do fervor das novenas, esta paz virá sobre a Baía de Todos os Santos, mesmo que eles já nem sejam tantos. Mística. Plena.

Pense na cura mesmo enquanto a capital enlouquece – enquanto há caos no tráfego das seis, enquanto corre sangue nas pedras do Pelourinho e o Governo inventa novos impostos. Enquanto os meninos pedem nas sinaleiras, tão escravos quanto antes. Enquanto crescem os degraus entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa.

Pense na cura e reze baixinho por todos nós que aqui vivemos. Ou até procure nos céus um sinal – ele pode ser uma estrela, uma luz, qualquer coisa. Se ele estiver lá, agradeça muito a Deus: é a cura que descerá qualquer dia sobre todos nós livrando-nos do mal, da miséria e da corrupção, é a salvação prometida que chegará a qualquer hora, a qualquer momento e para todos.

Mas, se ele não estiver lá, agradeça ainda mais. Foi a cura que, enfim, desceu do alto sobre Salvador pouco antes de você observar. Num milagre absurdo. Como quase tudo que acontece por aqui.

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